O Governo Federal destinou em junho R$ 164,7 milhões a mais para 1,9 milhão de famílias com crianças entre 0 e 6 anos e renda mensal por pessoa inferior a R$ 70. O objetivo é fazer com que essa parcela da população ultrapasse a linha da miséria. O Benefício para Superação da Extrema Pobreza na Primeira Infância (BSP) integra o Brasil Carinhoso – Primeira Infância, ação do Plano Brasil sem Miséria, e foi pago até sexta-feira (29/6).
Somados aos benefícios anteriores do Programa Bolsa Família, esse público está recebendo R$ 298,5 milhões, segundo a Secretaria Nacional de Renda de Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. O novo benefício elevou a folha de pagamento do Bolsa Família de R$ 1,6 bilhão em maio para R$ 1,8 bilhão em junho. São atendidas 13,4 milhões de famílias pelo programa de transferência de renda em todos os municípios brasileiros.
Com o BSP, o valor médio do benefício subiu de R$ 121,00 para R$ 134,00. Os valores ficam disponíveis para saque nos postos de atendimento da Caixa Econômica Federal por 90 dias, com o mesmo cartão e senha do Bolsa Família. Os recursos que não forem sacados nesse período retornam ao orçamento do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
O Benefício para Superação da Extrema Pobreza foi anunciado pela presidente Dilma Rousseff (PT) em 14/5. Essa medida reforça o empenho do Governo Federal para tirar as famílias da situação de vulnerabilidade social que incide com mais rigor sobre a infância, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.
O novo valor corresponde à soma necessária para que a família supere a linha de R$ 70 por integrante e é calculado por faixas de renda. Como Estado que concentra a maior quantidade de famílias no Bolsa Família, a Bahia registrou também o maior número de BSP e, consequentemente, o maior volume de recursos, que ultrapassou R$ 23,2 milhões. Em seguida, aparecem Maranhão, Ceará e Pernambuco.